CAPÍTULO 1: CRISTO NO MEIO DA IGREJA
TRECHO 1-3:
1. O Apocalipse é um livro aberto e não fechado = A palavra "Apocalipse" significa descoberta, sem véu. Revelação não é especulação humana, é a Palavra de Deus. Eeste livro revela a vitória triunfante de Cristo e da sua Igreja.
2. O Apocalipse não fala tanto de fatos, mas de uma pessoa. Apocalipse é fundamentalmente a revelação de Jesus Cristo (v.1), e não apenas de eventos futuros.
3. Deus transforma tragédias em triunfo (Domiciniano X Evangelho).
4.. Deus esclarece uns e confunde outros. O uso dos símbolos para servir de código e ao mesmo tempo para dar caráter atemporal a mensagem.
5. Bênção prometida. É o único livro bíblico que promete diretamente bênçãos aos seus leitores(v.3 e 22.7).
TRECHO 4-8:
1. As sete igrejas da Ásia Menor. O número sete é um número importante no livro de Apocalipse. Ele aparece 54 vezes neste livro. O número sete significa completo, total. Havia mais de sete igrejas na Ásia Menor. Mas quando Jesus envia carta às sete igrejas, significa que ele envia sua mensagem para toda a igreja, em todos os lugares, em todos os tempos.
2. Uma saudação de encorajamento e não de medo (v.4). Graça e Paz não é um termo de medo, mas de doçura, de encorajamento a uma igreja que passa pelo vale do martírio. Saudação enviada pela Trindade num tempo de sombras e provas.
3. Como a igreja deve ver o seu Noivo? - v. 5
a) Como a Fiel Testemunha - Jesus foi fiel durante todo o seu ministério.
b) Primogênito dos Mortos - Jesus foi o primeiro a ressuscitar em glória.
c) Príncipe dos reis da Terra - A igreja precisa ver Jesus como Aquele a quem todos os poderosos vão se dobrar.
4. Como a igreja deve se posicionar diante do seu Noivo? (vv. 5-6). Quando João vê a glória do Noivo, ele se encanta com o Cristo que lhe é revelado. Seu coração se derrama em adoração: porque ele nos ama (verbo grego no tempo presente); porque Ele nos libertou dos nossos pecados e porque nos constituiu Reinos e Sacerdotes.
5. Há uma descrição das características da sua Vinda (PAROUSIA). Esta verdade é apresentada nas sete seções paralelas. Como Jesus virá?
a) Uma vinda Pessoal : Jesus virá pessoalmente e não filosoficamente
b) Uma vinda Pública: “todo o olho o verá”
c) Uma vinda Visível: “verá”
d) Uma vinda Poderosa: “nas nuvens” e o verso 8
e) Uma vinda para juízo: “até mesmo aqueles que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele”.
6. Sim e Amém. Uma combinação muito interessante de NAI com AMEN. Indicando veracidade total, confiabilidade: “Que assim seja feito!”
TRECHO 9-12:
1.João se apresenta no verso 9 ressaltando: “irmão vosso e companheiro convosco na aflição, no reino, e na perseverança em Jesus”.
2. João fala sobre a forma da revelação: “em espírito” (4.2; 17.3 e 21.10) significa ter suas faculdades dominadas pelo Espírito. Isso aconteceu num DOMINGO (At 20.7; 1Co 16.2), pois a referência do sábado era a criação, a do domingo é a redenção.
3. João tem a visão da Noiva de Cristo como a luz do Mundo - v. 12
- Antes de ter a visão do Cristo exaltado, ele teve a visão da igreja. O mundo vê Cristo
através da igreja e no meio da igreja. Isso significa que ninguém verá a Jesus em glória
senão por meio da sua igreja aqui na terra. Você precisa da igreja. Precisa se congregar. O que é a igreja? Ela é a luz do mundo. Por isso, ele é candeeiro e estrela.
- Os sete candeeiros são as sete igrejas, mas o que são os sete anjos (v. 16,20)? Anjos
celestes, mensageiros, pastores ou uma figura da própria igreja? Hendriksen e Ladd pensam que anjos aqui são os pastores. Cristo está não apenas entre a igreja, mas a têm em suas próprias mãos. Essas duas figuras, portanto, são um símbolo incomum para representar o caráter celestial e sobrenatural da igreja, seja através dos seus membros, seja através dos seus líderes.
TRECHO 13-18:
1. João tem a visão do Noivo na sua glória excelsa - v. 13-18
• João vê dez características distintas do Noivo da Igreja em sua glória e majestade:
a) Suas Vestes (v. 13) - Falam de Cristo como Sacerdote e Rei.
b) Sua Cabeça (v. 14) - Falam da sua divindade, da sua santidade e da sua eternidade.
c) Seus Olhos (v. 14) - Falam da sua onisciência que a tudo vê e percebe.
d) Seus Pés (v.15) - Isso fala da sua onipotência para julgar os seus inimigos. Convém que ele reine até que ponha todos os seus inimigos debaixo dos seus pés (1 Co 15:23).
e) Sua Voz (v. 15) - Isso fala do poder irresistível da sua Palavra, do seu julgamento. No seu juízo desfalecem palavras humanas. A voz de Cristo detém a última palavra e é a única a ter razão.
f) Sua Mão (v. 16) - A mão direita é a mão de ação, com a qual age e governa. Isso mostra o seu cuidado com a igreja. Ninguém pode arrebatar você das mãos de Cristo (Jo 10:28).
g) Sua Boca (v. 16) - Essa Palavra aqui não é o Evangelho, mas a Palavra do juízo. A única arma de guerra usada pelo Cristo conquistador no capítulo 19 é a Espada que saía da sua boca (19:5). Essa é a cena do tribunal, onde é proferida a sentença judicial,
e precisamente sem contestação.
h) Seu Rosto (v. 16) - A visão agora não é mais de um Cristo servo, perseguido, preso,
esbofeteado, com o rosto cuspido, mas do Cristo cheio de glória. A luz do sol supera o
brilho dos candeeiros.
i) Sua Eternidade - O Primeiro e o Último (v. 17) - Ele é o criador, sustentador e consumador de todas as coisas. Ele cria, controla, julga e plenifica todas as coisas. Cristo aqui é enaltecido como vitorioso sobre o último inimigo, a morte.
j) Sua Vitória Triunfal (v. 18) - João está diante do Cristo da cruz, que venceu a morte. Ele não apenas está vivo, mas está vivo para sempre. Ele não só ressuscitou, Ele venceu a morte e tem as chaves da morte e do inferno. Quem tem as chaves tem autoridade. Jesus recebeu do Pai toda autoridade no céu e na terra (Mt 28:18). Jesus tem não apenas a chave do céu (3:7), mas também a chave da morte (túmulo). Agora a
morte não pode mais infligir terror, porque Cristo está com as chaves, podendo abrir os túmulos e levar os mortos à vida eterna.
OBS.: Esse parágrafo pode ser sintetizado em três aspectos: o que João ouviu (v. 9-11); o que João viu (v. 12-16) e o que João fez (v. 17-18). Os dois primeiros pontos já foram analisados. Vejamos agora, na conclusão, o último, o que João fez.
2. A reação de João diante da visão do Cristo da glória: Profundo quebrantamento (v. 18). O mesmo João que debruçara no peito de Jesus, agora cai aos seus pés como morto. Isaías, Ezequiel, Daniel, Pedro e Paulo (Is 6:5; Ez 1:28; Dn 8:17; 10:9,11; Lc 5:8; At 9:3-4) passaram pela mesma experiência ao contemplarem a glória de Deus. Em nossa carne não podemos ver a Glória de Deus, pois Ele habita em luz imarcescível (duradoura / eterna/ incorruptível) (1 Tm 6:16).
3. Gloriosamente restaurado (v. 18) - Jesus toca e fala. A mesma mão que segura(v.16), é a mão que toca e restaura (v. 18). O mesmo Jesus que acalmou os discípulos muitas vezes, dizendo-lhes, não temas, agora diz a João: Não temas. A revelação da graça de Jesus o põe de pé novamente para cumprir o seu ministério.
Até a semana que vem.
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