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quinta-feira, 13 de setembro de 2012

ESTUDOS NO LIVRO DO APOCALIPSE - CAPÍTULO 18



CAPÍTULO 18: A QUEDA DA BABILÔNIA

INTRODUÇÃO
- Babilônia neste texto é mais um símbolo do que um lugar. Aqui é um símbolo da rebelião humana contra Deus. É o sistema do mundo que opõe contra Deus.
- Nos capítulos 14 a 16, João se encontrava no céu, nesta visão, entretanto, ele está na terra e contempla com grande expectativa a queda da grande Babilônia.
- No capítulo 18. João ouviu quatro declarações que sintetizam a queda da Babilônia.


1ª DECLARAÇÃO DE CONDENAÇÃO (1 – 3)
- A queda da Babilônia é um fato consumado nos decretos de Deus - v. 2
• A queda aqui não é apenas aquela prevista por Isaías (Is 13:19-22) e Jeremias (Jr 51:24-26), a Babilônia história. A queda aqui é a queda da Babilônia escatológica, o sistema religioso, econômico e político sem Deus e anti-Deus (Ap 18:2).
- A Babilônia, torna-se morada de demônios - v. 2
• Isso significa um lugar totalmente destituído de Deus, da sua Palavra e do seu povo.
- A queda da Babilônia é em razão da sua natureza infernal - v. 2-3
• O sistema religioso e econômico da Babilônia poluiu o mundo inteiro, levando as pessoas a adorarem o dinheiro e se prostrarem diante de outros deuses.
• Os homens embriagados pelo espírito da Babilônia amaram o mundo e as coisas que há no mundo. Impiedade sempre vem acompanhada de perversão. Quando a religião abandona a verdade, ela entra pela porta da perversão (delícias = strenos = luxúria).

2ª DECLARAÇÃO DE SEPARAÇÃO (4-8)
- A ordem de Deus é para sua igreja sair desse sistema do mundo - v. 4
• Em todo o tempo a igreja de Deus deve aparte-se do mal, do sistema do mundo, da falsa religiosidade. Portanto, esse sair não é geográfico e sim espiritual (ex.: Abraão, Ló, Israel e a Igreja). Compare com Jeremias 51.25.
- Deus não apenas ordena a igreja a sair da Babilônia, mas dá razões para isso -v. 4-8
a) Para que a igreja não se torne cúmplice de seus pecados (v. 4)
b) Para que a igreja não participe dos flagelos que sobrevirão à Babilônia (v. 4)
c) Para que a igreja entenda quais são os critérios do julgamento divino (v. 6-8)
d) Para que a igreja entenda que o juízo de Deus virá repentinamente (v. 8)

3ª DECLARAÇÃO DE LAMENTAÇÃO (9-19)
Essa parte do texto mostra o lamento dos reis, dos mercadores e dos marinheiros ao verem a derrocada da Babilônia e futilidade de seus investimentos.
- O lamento dos reis e dos homens poderosos, homens de influência da terra -v. 9-10
• Esses reis são os políticos e aqueles que se renderam às tentações da Babilônia e
desfrutaram de seus deleites, mas agora verão um colapso sem precedentes e chorarão em alta voz.
-  O lamento dos mercadores - v. 11-16
• Os mercadores aqui sãos os empresários, negociantes e todos aqueles que têm
colocado o coração nas mercadorias e deleites do mundo. Eles choram porque de
repente suas mercadorias vão ficar sem valor comercial. De repente tudo aquilo
que lhes proporciona prazer vai desaparecer.
• João cita aqui 30 artigos de luxo. Na contagem o número 4 desempenha um papel
importante.
• Esta lista de carregamentos que pertencem à Babilônia e perecem inclui:
- Reino mineral: ouro, prata, pedras e pérolas;
- Reino vegetal: linho, seda, púrpura e escarlata;
- Reino animal: gado, ovelhas e cavalos;
- Reino humano: os corpos e as almas dos homens.
Esses quatro reinos estão representados em 6 conjuntos de 4 artigos cada:
a) Quatro artigos de jóias (v. 11-12) - mercadoria de ouro, de prata, de pedras
preciosas, de pérolas.
b) Quatro tecidos de luxo (v. 12) - linho finíssimo, púrpura, seda, escarlata. Foi assim
que a Meretriz se vestiu (17:4), mas essas coisas não têm valor permanente.
c) Quatro artigos para ornamentação (v. 12) - toda espécie de madeira odorífera,
todo gênero de objeto de marfim, toda qualidade móvel de madeira preciosíssima, de
bronze, de ferro e de mármore.
d) Quatro artigos cosméticos (v. 13) - canela de cheiro, incenso, ungüento e bálsamo.
e) Quatro artigos de cozinha (v. 13) - vinho, azeite, flor de farinho e o trigo.
f) Quatro artigos de mercadoria viva (v. 13) - gado e ovelhas, escravos e almas
humanas. Os mercadores negociam até mesmo os homens como escravos como se
fossem mercadoria.

- O lamento dos homens de navegação - v. 17-19
• Mencionam-se quatro classes: os pilotos, os passageiros dispostos a negociar, os
marinheiros e os que ganham a vida no mar, a saber, os exportadores, os importadores,
os pescadores e os mergulhadores em busca de pérolas.

4ª DECLARAÇÃO DE CELEBRAÇÃO (20-24)
- Em contraste com o lamento dos ímpios, a igreja no céu celebra a justiça divina - v. 20
• A Babilônia que se embriagou com o sangue dos santos e perseguiu a igreja agora
está completamente desamparada. A justiça de Deus foi vindicada. O mundo passa. A
Babilônia cai, mas a igreja de Cristo canta de alegria pelo justo julgamento de Deus.
- A ruína total da Babilônia demonstrada - v. 21
• Assim como uma pedra arrojada no fundo do mar, Babilônia cairá para não mais se
levantar. Depois da morte vem o juízo e depois do juízo vem a condenação eterna.
- A Babilônia torna-se o lugar onde todas as coisas boas estarão ausentes - v. 22-23
a) Não tem música - Lá só se ouve voz de lamento, e não voz de harpistas.
b) Não tem arte criadora - Lá não tem criatividade, inspiração e criação.
c) Não tem suprimento - os moinhos já não movem mais. No passado Babilônia era o
mercado do mundo. Agora está como deserto.
d) Não tem luz - As trevas são um símbolo do derramamento final da ira de Deus. Deus é luz, e condenação eterna é ir para as trevas eternas, trevas exteriores. Essas trevas espessas durarão eternamente, por conta da ausência de Deus.
e) Não tem relação de amor - Não tem amizade, casamento, nem poesia, nem sonhos.
- Babilônia, o sistema destruído do mundo, é um símbolo da oposição a Deus e à sua
igreja - v. 23b-24
• Babilônia é a sede do espírito que substitui Deus por magias (feitiçarias = pharmakeia = todo tipo de magia) e encantamentos, e também o centro de perseguição à igreja, onde os profetas e santos foram mortos.

CONCLUSÃO
  No capítulo 17 vimos que a Babilônia como a grande Meretriz, a religião prostituída e apóstata foi destruída. Agora, no capítulo 18, a Babilônia como sistema político e econômico que se substitui Deus pelo dinheiro, poder e prazer entrou em colapso.
  O mundo que tem zombado da igreja, que ridicularizado a igreja, que tem seduzido os homens e perseguido a igreja já está com sua derrota decretada.
   A grande pergunta é: Você é um cidadão da grande Babilônia, a cidade condenada ou cidadão da Nova Jerusalém, cidadão do céu?

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