Oi Pessoal.
Desculpe-me pelo atraso na publicação, mas estava difícil parar em casa para fazer a postagem. Mas, segue o nosso estudo da última quarta-feira.
Forte abraço e obrigado pelos comentários.
Três Maneiras de Experimentar Deus
A revelação tríplice de Deus é descrita de modo clássico pelos termos “Pai”, “Filho” e “Espírito Santo”. Lembrando da nossa figura (aquela verde, vermelha e azul), temos a expressão gráfica da mesma coisa, diferenciando apenas no uso dos termos, ou seja, usaremos uma terminologia que se relacione diretamente com a nossa experiência (lembre-se: yada e ginosko) com Deus e não no que se refere a relação de uma grandeza com a outra dentro da Trindade. Cabe recordar que ninguém pode conhecer a mente ou a Pessoa de Deus se Este não se revelar (Rm 1.19), mas podemos compreender bem a Trindade sempre em relação “a nós”, daí nossa abordagem relacional e a escolha sempre de terminologias que nos ajudem a experimentar as Pessoas da Trindade, ao invés de apenas “teologizar” nomenclaturas.
Para as três revelações é característico que Deus não revela apenas algo de si, mas sempre a si mesmo. Isto vale tanto para a revelação da criação (parte verde) como para a revelação da salvação (parte vermelha) e também para a revelação pessoal (parte azul). Para nosso assunto (experiência e prática) é muito importante que entendamos cada uma dessas três revelações em sua característica própria.
Deus revelou-se como Criador imprimindo à sua criação sua “assinatura” (Sl 19.1,2; Rm 1.19-20). De forma alguma é preciso ser cristão para experimentar esta forma de revelação (parte verde). Não importa se sou hindu ou católico, ateu ou cristão – quando me volto para a criação, encontro os rastros do Criador. Esta forma de revelação é internacional, inter-confessional, e até inter-religiosa (desde que se tenha em mente que estamos falando apenas da revelação da criação). Isto também mostra que a revelação da criação pode ser entendida de diferentes maneiras, e até mal entendida. Mas apenas por esta forma da revelação, nenhuma pessoa virá a reconhecer que o Criador também é Pai de Jesus Cristo.
A revelação da salvação (parte em vermelho) é de outro tipo. Jesus é aquele em quem Deus nos mostra claramente quem Ele realmente é (João 14.9). Em Jesus Deus torna-se homem, veja: “nele habita corporalmente toda plenitude da Divindade” (Cl 2.9). É Ele quem nos reconcilia com Deus (2Co 5.19). No entendimento do Novo Testamento, a posição da pessoa diante de Jesus Cristo decide sua salvação ou condenação (Atos 4.2; MT 10.32,33). Por Ele recebemos a vida eterna (Rm 6.23).
Por último, chamamos de revelação pessoal (parte azul da figura) a experiência em que aquilo que Deus fez objetivamente em Cristo por nós, torna-se para nós também uma realidade subjetiva. Cristo, pelo Espírito Santo, passa de “Cristo por nós” para “Cristo em nós” (Gl 2.20; 4.19;Cl1.27). Pelo Espírito Santo, Deus derrama seu amor em nossos corações (Rm 5.5). Por Ele, o Espírito de Deus passa a relacionar-se com o nosso espírito. Assim, as pessoas tornam-se literalmente “templos do Espírito Santo” (1Co 6.19). A revelação do Espírito Santo é a revelação em nosso coração, que acontece, por exemplo, quando alguém se converte (1Co 12.3; 1Jo 2.23; 4.2,3). Enquanto não acontece a apropriação pessoal, a revelação de Deus ainda não atingiu seu alvo.
As revelações de Deus estão sempre orientadas para a criação de um relacionamento. Nas três revelações, o mesmo Deus encontra-se conosco – só que cada vez de maneira diferente. Esta comunicação tríplice conosco, à qual deveria corresponder uma resposta tríplice de nossa parte, é fundamental para uma experiência saudável a respeito da essência de Deus como nos é mostrada na Bíblia. Sempre que se encobre ou distorce uma das três dimensões, a experiência com Deus resultante é incompleta. Em breve veremos que a maioria dos problemas com que nos debatemos no dia-a-dia da Igreja tem algo a ver, em última análise, com a compreensão incorreta da revelação tríplice de Deus.
Até lá.
Graça e Paz sejam contigo.
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