iba

iba

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Estudos no Livro do Apocalipse - Capítulo 9 (parte1)

CAPÍTULO 9: A CAVALARIA DO INFERNO (PARTE 1: VV.1-12)


INTRODUÇÃO
- As trombetas são os juízos de Deus sobre os ímpios, em resposta às orações dos santos. Esses juízos não são finais, pois visam o arrependimento. Na sua ira, Deus se lembra da sua misericórdia.
- As quatro primeiras trombetas foram juízos que atingiram a natureza: a terra, o mar, os rios e os astros. Mas agora os terrores do tempo do fim vão aumentar em tensão e intensidade. Agora não são calamidades naturais, mas terrores demoníacos que invadem a terra para atormentar os homens (os “ais”).

O COMANDANTE DA CAVALARIA DO INFERNO (v.1, 11)
- Os anjos são descritos na Bíblia como estrelas (Jó 38:7). Lúcifer, rebelou-se contra Deus e foi lançado para fora do céu. "Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitas as nações" (Is 14:12). Jesus diz: "Eu vi a Satanás como um raio, que caía do céu" (Lc 10:18).
- A estrela que João viu foi a estrela caída. João não viu uma estrela caindo. A estrela já estava caída. A queda de Satanás é fato passado. Ele é um ser caído, decadente e derrotado.
- Ele tem um caráter pervertido, ele é destruidor (v.11).
- Ele tem sua autoridade limitada - v. 1.4,5
a) A autoridade para abrir o poço do abismo - v. 1 - O diabo não tem a chave do poço do abismo. Essa chave lhe é dada. É Jesus quem tem as chaves da morte e do inferno (Ap 1:18). Ele solta um bando de demônios que estavam presos (Jd 6). Existem dois tipos de demônios: os presos aguardando julgamento em algemas eternas e aqueles que estão em atividade. Parte daqueles que estavam presos são liberados aqui (2 Pe 2:4). Nos abismos do inferno existem anjos guardados para o juízo. Agora Satanás recebe permissão para que esses demônios saiam e perturbem os homens.
b) Autoridade limitada quanto à ação - v. 4,5
- Os gafanhotos são insetos que destroem a vegetação (Ex 10:14,15; Jl 1:4). Mas esses gafanhotos aqui são seres malignos. 1) Eles não podem causar dano à erva da terra (v. 4); 2) Eles não podem matar os homens, mas apenas atormentá-los (v. 5); 3) Eles não podem atormentar os homens selados por Deus.
c) Autoridade limitada quanto ao tempo - v. 5
- Cinco meses não deve ser entendido aqui como um tempo literal. Cinco meses é a média de duração da vida do gafanhoto, da larva à plenitude da sua ação. Ele não tem poder para agir todo o tempo. Ele está limitado em sua ação e em seu tempo.

CARACTERÍSTICAS DOS GAFANHOTOS QUE SAEM DO ABISMO (v.7-11)
- Do abismo sobem gafanhotos (demônios) e eles são como cavalos preparados para a peleja (v. 7) e ferroam como escorpiões. Os gafanhotos são insetos insaciáveis. Eles comem e defecam ao mesmo tempo. Quando passam por uma região devastam tudo (Argélia 1886 onde 200.000 pessoas morreram de fome).
• Como eles são? Quais são suas características?
- “Cavalo aparelhados para a guerra”. Sugestivamente, certas línguas, levadas pelo aspecto da cabeça do gafanhoto, dão-lhe nome que sugere o cavalo (Cavalleta = italiano; Heupferd ou cavalo de feno = alemão, etc.). A descrição dos “animais” é horripilante e hedionda; João nada viu na terra que pudesse realmente identificar-se com essas criaturas vinda do mundo exterior. Teve de servir-se dos mais desconexos elementos comparativos para descrever-lhes a monstruosa aparência. Eles são vistos equipados; Isso indica que eles pertenciam a uma “Ordem de Guerreiros” vindo do “poço do abismo”. O cavalo é símbolo de rapidez e força.
-“Coroas semelhantes ao ouro”. Os gafanhotos descritos por João, trazem algo parecido “como coroas”, o que nos leva a pensar que, os gafanhotos pertenciam a uma “ordem real” do “poço do abismo”, por cuja razão “tinham si, rei”. O rei dos terrores! (Jó 18.18 e Ap 9.11). São seres animalescos de natureza bestial!
-“Seus rostos eram como rostos de homens”. No paralelismo de Joel 2.7, os temíveis animais, andarão como se fossem homens: “Como valentes correrão, como homens de guerra subirão os muros; e irá cada um nos seus caminhos e não se desviarão da sua fileira”. Os rostos semelhantes aos de homens dessas horas espirituais, sugerindo inteligência e habilidades.
-“tinham cabelos como o de mulheres”. Existe um provérbio árabe que diz: “o gafanhoto tem cabeça de cavalo, peito de leão, pés de camelo, corpo de serpente e antenas como cabelos de mulheres”. Algumas traduções trazem: “cabelos longos como de uma moça”. Seja como for, neles havia algo feminino.
- “Seus dentes eram como de leões”. Esta figura é emprestada de Joel (1.6 e ss), onde uma nação hostil é comparada à ameaça de uma praga de gafanhotos, que, destruiria toda verdura do campo: “...os seus dentes são dentes de leão, e têm queixadas de um leão velho”. Na simbologia profética, isso significa “sua terrível capacidade de destruição, sua voracidade incessante e brutal”. A implicação desta figura é que os terríveis gafanhotos nascidos da fumaça, serão cruéis, selvagens e implacáveis no tormento que causarão aos homens sem Deus.
- “E tinham couraça como couraças de ferro”. Os temíveis animais tinham por assim dizer, couraças de ferro. Esses agentes infernais de torturas são imunes a qualquer destruição pessoal. Neste verso, vemos o corpo escamoso dos gafanhotos comparado a uma couraça.
- “O ruído das suas asas”. Observemos aqui a seqüência do paralelismo tirado de Joel 2.5: “como o estrondo de carros sobre os cumes dos montes irão eles saltando; como ruído da chama de fogo que consome a pragana, como um povo poderoso, ordenado para o combate”.
- “E tinham caudas semelhantes às dos escorpiões, e aguilhões nas suas caudas; e o seu poder era para danificar os homens por cinco meses”. João descreve uma cauda extremamente perigosa e fatal, pois a simbologia da palavra “aguilhões” representa uso de força irresistível em diversos autores antigos.

A MISSÃO PRINCIPAL DESSES GAFANHOTOS QUE SAEM DO ABISMO (v. 4-6,10)
- Atormentar os homens: o sofrimento que esses seres provocam é real. João diz que o tormento é semelhante a picada de escorpião (dor intensa, formigamento da parte afetada, náusea, vômito, taquipnéia e taquicardia, convulsão, edema pulmonar e choque).
- Sobre o intenso desejo de morrer, podemos observar uma consideração de Soren Kierkegaard: “O tormento do desespero é exatamente esse,não ser capaz de morrer. Quando a morte é o maior perigo, o homem espera viver;mas, quando alguém vem a conhecer um perigo ainda mais terrível que a morte, esse alguém espera morrer. E, assim, quando o perigo é tão grande que a morte se torna a única esperança, o desespero consiste no desconsolo de não ser capaz de morrer.'"

CONCLUSÃO
Perceba a condição do povo temente a Deus diante desta invasão maligna (v.4):
- O diabo e seus demônios conhecem aqueles que são de Deus e não lhes tocam.
- O povo de Deus é distinguido dos ímpios pelo selo de Deus.
- Os selados estão livres dos tormentos - Aqueles que estão debaixo do abrigo do sangue do Cordeiro não estão debaixo do tormento dos demônios. "A maldição do Senhor habita na casa do perverso, porém a morada dos justos ele abençoa" (Pv 3:33).

Até semana que vem!

Um comentário:

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.