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quinta-feira, 28 de junho de 2012

Estudos no Livro do Apocalipse - Capítulo 11

CAPÍTULO 11: AS DUAS TESTEMUNHAS E A SÉTIMA TROMBETA


INTRODUÇÃO
- Este texto (até o versos 1-14) faz parte do interlúdio para a sétima trombeta (15-19).
- Os capítulos 11 a 14 deste livro marcam a última metade da semana profética da visão de Daniel (9.27). Bem como apresenta os vários personagens que estarão envolvidos, desempenhando o seu papel na história humana. Nesses capítulos há sete agentes principais, a saber: (a) A mulher. 12.1; (b) O Dragão. 12. e ss; (c) O menino. 12.5; (d) Miguel, o arcanjo. 12.7; (e) A descendência da mulher. 12.17; (f) A Besta do mar. 13.1; (g) A Besta da terra. 13.11
e ss. Se incluirmos as “duas testemunhas” então haverá um total de nove.
- Podemos dividir este capítulo em TRÊS acontecimentos:
a) a medição do santuário, do altar e do povo de Deus;
b) as duas testemunhas;
c) o soar da sétima trombeta.

1. A MEDIÇÃO DO SANTUÁRIO, DO ALTAR E DO POVO DE DEUS
- O TEMPLO. Realmente tem havido muitas especulações e debates sobre a hipótese do Templo que será erguido e por quem será erguido (o Anticristo ou judeus?) no local onde hoje se encontram as Mesquitas de Omar e El-Aksa.
Em Ezequiel capítulos 40 a 47, encontramos algo semelhante, onde se descreve a medição cuidadosa do Templo, em todas as suas dimensões. A tarefa, realizada por um mensageiro celeste, foi feita com “...um cordel de linho... e uma cana de medir”(Ez 40.3). Cena similar aparecer em Jr 31.39 (nestas passagens, a medição é uma providência preparatória para a restauração e a reconstrução do Templo). Em 2Rs 21.13; Is 34.11; Am 7.7, 9; Lm 2.8, a palavra
“medição” tem o sentido de “medido para destruição”. Em Ez 40.1 e 41.13 e 44.31 e Zc 2.2-8, encontramos uma medição completa do Templo e de suas cortes. Nestas passagens, medição tem o sentido de “reconstrução”. No capítulo 11 do Apocalipse, porém, a destruição se destina apenas aos que estão no “átrio que está fora do Templo”, e não dentro do Templo.
(desde a retomada da cidade velha em 1967, já há preparações para a reconstrução do Templo). Quem reconstruirá o Templo? O anticristo ou os judeus? O Templo é chamado de “...o Templo de Deus” (Dn 8.11, 14; Mt 24.15;2Ts 2.4; Ap 11.1), e, evidentemente só os judeus serão autorizados por Deus para sua reconstrução.
Já foram feitas cerca de 50 tentativas de Israel retomar o monte do Templo, onde hoje se encontram as Mesquitas de Omar (domo da Rocha) e EL-Aksa, para que possa ser construído o terceiro Templo. No Knesset há defensores da reconstrução do Templo, tanto entre os radicais como entre os liberais. Já existe uma escola para preparar jovens israelenses da tribo de Levi, instruindo-os nos rituais antigos dos holocaustos. Essa escola chamada de “YESHIVA AVODAS HAKODESH” (coroa dos sacerdotes) foi fundada em 1970. Enquanto isso, os “Kohainim” estudam os procedimentos para o novo Templo, e em Jerusalém Romena David Elbaum já está tecendo as vestes de linho dos sacerdotes exatamente conforme as normas da Escritura Sagrada.

- O ALTAR. No Apocalipse o Altar celestial é mencionado nas seguintes passagens (6.9; 8.3, 5; 9.13; 11.1; 14.18; 16.7). Em 11.1, o Altar deve ser o do sacrifício, que ficava no pátio dos sacerdotes. No Apocalipse (ao aludir este ao Templo), aparece um único Altar, em lugar dos “dois” altares do Templo antigo, na terra (“Altar do Sacrifício” e o “Altar” do Incenso). O Altar do presente texto, pode ser, literalmente, aquele do “Templo reedificado”, porquanto não está aqui uma cena celeste, e, sim, terrena.

- OS QUE NELE ADORAM. A medição nesta terceira colocação, visa à proteção física e espiritual dos fiéis durante o tempo sombrio da Grande Tribulação. Embora os fiéis nesse tempo do fim tenham que sofrer, suas almas não sofrerão qualquer dano. E no que diz respeito aos 144.000 (7.1-8 e 14.1-5), será também preservada a sua integridade física, naqueles dias sombrios para os habitantes da terra. Alguns teólogos indicam que, por essa época, o Templo terá sido reconstruído em Jerusalém, o qual tornar-se-á, uma vez mais, o centro da adoração judaica. Sua medição significa que Deus terá novamente um remanescente para si mesmo, e a esses escolhidos será dada a proteção divina, de natureza espiritual e física.

- OBS.: O santuário durante o tempo da Grande Tribulação será protegido de ser derribado; apenas será profanado (cf. Dn 8.14; 11.31; Mt 24.15; 2Ts 2.4); enquanto que o Átrio exterior, como o das mulheres e dos gentios, serão entregues nas mãos das nações gentílicas. No contexto de Lucas 21.24 e Ap 11.2, compreendemos que o Átrio do texto em foco, também inclui a cidade de Jerusalém: observe bem a frase “...e pisarão a cidade santa...”.
Quarenta e dois meses. Faz parte de um grupo de expressões tomadas emprestadas do livro de Daniel. Este período que abrange o “pisar” dos gentios mostra a parte final da Grande Tribulação (42 meses: cf. Ap 13.5; 1260 dias: cf. Ap 11.3 e 12.6; e a referência de Daniel 12.7: “ um tempo -um ano- tempos -dois anos- e a metade de um tempo -meio ano-).

2. AS DUAS TESTEMUNHAS
- Este é um caso de GEMATRIA. Onde 2 é a força. No Antigo Testamento, por meio de duas testemunhas se confirmava qualquer fato.
- “vestidas de saco”: O pano de saco era a vestimenta tradicional usada pelos profetas. Era um tecido de fabricação rude e tinha a cor negra (Ap 6.12). O pano de saco usualmente era usado
diretamente sobre a pele, para dar desconforto, pois simbolizava o descontentamento, aflição e luto.
- “dois candeeiros e dois ramos de oliveira”: faz referência a “dois ungidos” do Senhor.
- Enoque e Elias? Pois teriam ido para o céu sem experimentar a morte.
- Moisés e Elias? Dizem pelo fato do candeeiro (luz / Lei) e oliveira (unção/profeta). Compare com o versículo 6.
- João e Paulo? Antigo e Novo Testamento? Lei e Graça? Judeus e Igreja?
- Zorobabel e Josué? Este trecho de Apocalipse faz menção clara a Zacarias 4. Josué (testemunho do sacerdócio levítico/Lei) e Zorobabel (testemunho do poder real de Davi).
- Bom é notarmos que a idéia do texto é a de que tais testemunhas já estão na terra e serão "habilitadas" por Deus com Seu poder para testemunhar com autoridade.A unção de Josué - como levita (judeus) e Zorobabel (reinado davídico - nações) será derramada sobre estas testemunhas que serão mortas, cumprindo a era do martírio.
- “fogo saindo de suas bocas”: poder controlador sobre o elemento fogo; prodígios. Ou seria uma forma figurada para o juízo de Deus (Jeremias 5.14)? Não seria a idéia de que eles terão poder nas suas palavras? Ou um lança-chamas hollywoodiano? Eu, pessoalmente fico com o texto de Jeremias 5, pois o entendimento do Apocalipse está no conehcer as imagens veterotestamentárias.
- “quando acabarem seu testemunho”; serão preservados até a missão terminar.
- “serão mortos pela besta que sobe do abismo”: primeira citação da Besta no livro (35 citações) perseguirá as duas testemunhas e as matará. Besta no grego é “therion” (animal feroz implacável e indomável). Esta Besta é citada no cap. 17.8 e existe muita controvérsia sobre quem seria esta “besta”.
- “praça da grande cidade”: embora o termo Grande Cidade seja dado a Roma (A Grande Babilônia), neste caso a referência é a Jerusalém que espiritualmente se chama Sodoma e Egito (cf. Dt 32.32; Is 1.9; Jr 23.14; Ez 16.46, 49, 55). Evidentemente, as duas testemunhas serão mortas numa das “praças principais” de Jerusalém (naquela que fica em frente da “porta
das águas” (Ed 8.13) ou numa que circunda o Calvário?).
- Não deixaram sepultá-las e serão vistas por todo mundo: não ser sepultado era uma desonra neste mundo e um descuido no mundo espiritual.
- As pessoas se alegrarão”: Todo profeta é um tumultuador. Assim como Moisés, Elias e outros profetas que denunciavam o sistema de degradação do país, as duas testemunhas também o farão. Mas, os simpatizantes do reinado da Besta celebrarão a morte como um alívio.
- as testemunhas serão ressuscitadas pelo próprio Deus e serão chamadas pelo Senhor aos céus e subirão numa nuvem de glória.
- verso 14, o fim do interlúdio: Este terceiro “ai” haverá, segundo se diz, de ter lugar quase imediatamente. O toque da sétima trombeta foi adiado (não quanto ao tempo) pelos interlúdios retratados em (10.1 a 11). O propósito de Deus, nesse terceiro ai, visa igualmente a provocar a queda da “grande Babilônia” e do poder do Anticristo e seu governo, como se vê em Ap 11.15 e 17.1 e 21.8); a seguir, estabelecer o Reino Milenar de Cristo com poder e grande glória.

3. A SÉTIMA TROMBETA (cf. Apocalipse 16.7)
- O toque da sétima trombeta já tinha sido predito pelo “anjo do livrinho aberto”, em Ap 10.7 que diz: “Mas nos dias da voz do sétimo anjo, quando tocar a sua trombeta, se cumprirá o segredo de Deus, como anunciou aos profetas seus sevos”. O grande segredo aqui mencionado é o estabelecimento do reino de Deus sobre a terra, que começará com o reino milenar de Cristo (20.1-6), o qual, após o julgamento final, passará para o Reino Eterno de Deus.
- O trecho do Apocalipse 4.10 é um paralelo próximo a esta passagem; pois ali também os vinte e quatro anciãos; os quatros animais viventes é que se prostram diante de Deus, e o adoram com palavras de louvor. O senhorio de Cristo assumirá suas dimensões apropriadas à face da terra, e até mesmo os céus hão de expressar agradecimento à pessoa do Filho de Deus na era futura. O propósito de Deus também será realizado que é: “De tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra” (Ef 1.10).
- João descortina certa cronologia escatológica: a ira das nações, a ira divina, julgamento dos mortos, recompensa dos servos e o tempo da destruição do mal (alusiva a Satanás e os anjos caídos).
- A arca é o lugar do encontro com Deus, onde a glória de Deus está presente. Ela é símbolo da
comunhão superlativa, íntima e perfeita entre Deus e o seu povo. A majestade de Deus reina sobre tudo e está acessível aos seus servos.

CONCLUSÃO
Mais uma vez fica bem claro o cuidado de Deus com os seus servos e a Sua Soberania.
O livro do Apocalipse foi escrito para produzir paz e esperança acerca do futuro, mesmo em meio a um prsentes de perseguições e lutas.

Hoje quero agradecer a uma turma muito especial; a turma de Teologia do Instituto. Que não somente me aturou em Angelologia, como também me abençoou muito. A toda turma meus agradecimentos e minha orações, para que vocês completem com alegria e sucesso a carreira que Deus estabeleceu para cada um de vocês.

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